seg., 13 de set.
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Conversa Aberta: Autorretrato
Com Pamela Facco
Quando
13 de set. de 2021, 20:00 – 23:00 BRT
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Sobre
Tirar selfies não é a mesma coisa do que se auto retratar e a linha que separa essas duas ações não é tênue, muito pelo contrário, fica escancarado para qualquer receptor com um senso artístico minimamente apurado o propósito distinto entre uma ação e outra. Nessa conversa aberta Pamela Facco vai falar sobre as ferramentas para a construção de uma auto representação que ultrapasse o valor de uma fotografia banal e inaugure para essa imagem um outro espaço de importância na nossa linha do tempo e sobre o laboratório que ela vai ministrar na Inbox Cultural.
Pamela FaccoPamela Facco percorreu um caminho sinuoso nas áreas das artes até chegar à fotografia. Designer gráfica por formação acadêmica, ilustradora nas horas vagas, fez cursos de desenho e pintura em renomadas escolas, como o Instituto Nacional de Artes de Buenos Aires, onde viveu em 2009. Na volta a São Paulo, começou a traduzir sua bagagem criativa em imagens fotográficas, as quais, desde 2010, priorizam o registro do humano.
Sua primeira série é documental sobre as crianças da comunidade Jardim Ibirapuera. Com a sequência desse trabalho ganhou o prêmio Sony International Award Brasil 2012. Essa imagem foi exposta no MIS-Sp e no Somerset House -Londres (2012/13).
De 2013 à 2015 desenvolveu uma série fotográfica, ”Entre o vazio”, sobre as areias do litoral paulista que participou da mostra Ritos e Rituais no Festival Foto em Pauta Tiradentes, de 2016.
Fotografar enquanto se vive é seu mais constante hábito. Em 2017 esteve entre Praga-Viena e desenvolveu um ensaio fotográfico subjetivo em que uma imagem foi selecionada a participar da mostra principal do Festival Foto em Pauta de 2017. Esse ensaio também foi selecionado para a shortlist do Festival Latino Americano de fotografia de celular, e duas de suas imagens foram expostas no MIS em maio de 2017.
Sua série autoral atual é o Poesia com elos, projeto que visa desmistificar a nudez, apresentar corpo como potência artística e questionar os padrões impostos a mulher. Teve seu início no final de 2016 e hoje cumpre seu papel revolucionário, sofreu inclusive uma série de censuras e silenciamentos, fato que levou a artista a ser a primeira pessoa no Brasil a processar e vencer o Instagram em primeira e segunda instância por conta dessa arbitrariedade de deletarem contas de mulheres com conteúdo divergente da norma machista de fotografias sensuais e clichês sobre a função do corpo da mulher na sociedade.